A convite da Comissão de Festas de da Sr.ª do Castelo – Nespereira, o Grupo folclórico de Cantas e Cramóis de Pias – Cinfães, nas festas do lugar da Sr.ª do Castelo (Ervilhais) – Nespereira – Cinfães.
A convite da Comissão de Festas de em Honra de N.ª Senhoras das Graças – Cinfães o Grupo folclórico de Cantas e Cramóis de Pias – Cinfães, organizou um encontro de folclore, no Largo da Fonte dos Amores - Cinfães.
A convite da Associação Folclórica Cantarinhas da Triana – Rio Tinto - Gondomar, o Grupo folclórico de Cantas e Cramóis de Pias – Cinfães, participou no seu Festival Internacional de Folclore.
Atuação do Grupo folclórico de Cantas e Cramóis de Pias – Cinfães, na Feira de Artesanato, Gastronomia e Vinho Verde de Cinfães.
Atuação do Grupo folclórico de Cantas e Cramóis de Pias – Cinfães, em Raiz do Monte – Vila Pouca de Aguiar a convite do Rancho Folclórico de Danças e Cantares Raiz do Monte, onde fomos muito bem recebidos, apesar do nosso atraso, devido a erro técnico de horários.
Participação do Grupo folclórico de Cantas e Cramóis de Pias – Cinfães, no Festival de Folclore, comemorativo do 1.º Aniversário do Rancho Folclórico de S. Lourenço de Alvelos – Barcelos.
A convite da Comissão de Festas de Vilar do Peso – S. Cristóvão o Grupo folclórico de Cantas e Cramóis de Pias – Cinfães, nas festas do lugar de Vilar do Peso.
Um Presidente, um Vice-presidente, um Secretário, um Tesoureiro e três Vogais.
O grupo possui na totalidade de quarenta e oito dançadores, entre homens, mulheres e crianças.
Fazem parte do grupo dois cantores que são normalmente acompanhados pelo coro.
Na tocata figuram concertinas, violino, violões, cavaquinho, ferrinhos, flauta de cana e bombo.
Dois pastores, um transporta consigo a manta, o cajado e a cabaça e o outro a caroça com os respetivos plainitos. A pastora vestida com capa da serra do Montemuro, feita artesanalmente e que traz consigo a roca, o fuso e a cesta onde transporta a lã e a merenda que leva quando vai para o monte.
Traje de ir à festa, recolha feita pelo escritor Abel Simão Botelho no lugar de Aveloso, freguesia de Tendais e descrito no romance as Fritadas, etc.
O Grupo Folclórico de Cantas e Cramóis, fundado em Maio de 1949, (dois anos após a vinda a este Concelho do Professor Vergílio Pereira recolher elementos etnográficos para a sua obra "O Cancioneiro de Cinfães", pelos já falecidos Srs. Fernando Barbedo e Augusto do Amaral, sendo este último, desde a fundação do Grupo, o seu Diretor Artístico, até ao seu falecimento em 14/07/80.
O Grupo mantém plena atividade desde a sua fundação. Porém, no ano de 1957, houve um cortejo de oferendas a favor do Seminário Maior da Diocese de Lamego (Seminário Novo) e então a sr.ª D. Laura, irmã do sr. Fernando Barbedo, falecido em Dezembro de 1955 e um dos fundadores do Grupo, quis que o Sr. Augusto do Amaral fizesse umas músicas religiosas e profanas e ensaiasse com os componentes do Grupo as cantigas e danças para a realização desse tal cortejo.
No entanto, num dos ensaios uma arrelia entre alguns componentes que não se relacionavam familiarmente, provocou o abandono dos ensaios do Sr. Amaral (Diretor Artístico e Presidente do Grupo).
O cortejo realiza-se e logo a maior parte dos componentes, como não poderia deixar de ser, solicita ao Sr. Amaral o regresso, para que continuasse o “Cantas e Cramóis” a ser Grupo (Diz-se a maior parte, porque só não regressaram os componentes familiares daqueles que provocaram as quezílias nos ensaios do cortejo realizado a favor do Seminário de Lamego).
Refeitas as “contas” e satisfeitos os ensejos daqueles que fundaram o Grupo Cantas e Cramóis, eis que se começa de novo a ensaiar, tendo a partir de então sido atingido o seu auge, visto que era chamado para todos os pontos do País, para participar em festivais Internacionais, nacionais e festividades várias.
Vivia o Grupo este fulgor quando o Sr. Augusto do Amaral foi acometido duma doença que o deixa no leito durante largo tempo (tendo chegado até a estar hospitalizado), surpreendendo-o nesta situação a morte da esposa, o que naturalmente o deixa pior.
Este facto desmoraliza o Grupo que sofre a pior consequência e desânimo, porque não encontrava ninguém experiente que orientasse o trabalho do Grupo.
Mesmo assim, o Grupo com a orientação do elemento mais velho e que já era promissor ensaiador, o Sr. Alberto Resende, mais conhecido por “Fogo” - ia fazendo algumas saídas. Este lamentável acontecimento é aproveitado pelos dissidentes do Cantas e Cramóis que resolvem formar um outro Grupo, ao qual deram o nome de Rancho Regional Flores da Nossa Terra, e que mais tarde veio a sofrer outras alterações de nome mais popular, de “Rancho Novo”.
O Cantas e Cramóis, porém não pára a sua atividade, embora esmorecido com o deambular dos acontecimentos e “abanado” um pouco com o aparecimento de um outro grupo folclórico na mesma aldeia.
Em Maio de 1979, o Cantas e Cramóis fazia 30 anos de existência, tendo sido feita uma festa familiar de aniversário. Antes porém e em reunião da Direção e dos seus poucos sócios fora acordado, que dever-se-ia nomear nova Direção com elementos jovens e com maiores capacidades e a oportunidade de dedicarem ao Grupo toda a atenção que ele muito necessitava.
Organizada a nova Direção e colocada a sufrágio dos elementos do Grupo, foi unanimemente a notícia acolhida de bom agrado, tendo então sido distribuídos os respetivos cargos da nova Direção.
Em virtude de todos os seus afazeres, a Direção leva, dentro dos seus possíveis e com toda a dedicação e carinho que o Folclore merece, o Grupo a vários espetáculos e Festivais.
Em 1988, o grupo sofre uma crise diretiva e pensa-se no pior. Eis então que surge a ideia de contactar alguns dos responsáveis da Associação de Cultura e Desporto de Cinfães e que têm demonstrado há uns anos esta parte unidade, bem como trabalho na dinamização cultural do Concelho de Cinfães, para que estes assumissem os destinos do Grupo.
A ideia concretiza-se e aliada aos objetivos que a A.C.D.C. tem para com simpatizantes e amigos, conseguiu-se uma Direção, independente daquela coletividade que de imediato procura organizar todo processo e inteirar-se dos usos e costumes da região, fazendo as necessárias recolhas etnográficas dentro do concelho de Cinfães permitindo assim dar qualidade ao trabalho a desenvolver.
Hoje pensamos terem sido atingidos os primórdios condimentos que um grupo deve “sonhar” ou seja união e dinamismo garantindo o trabalho de nossos antepassados e a dimensão do Cancioneiro de Cinfães.
Foram fundadores do Grupo os srs. Fernando Barbedo e Augusto do Amaral.
Quando o Grupo se formou começou com as cantigas e danças recolhidas pelos seus responsáveis e que se dançavam em bailes da região. Entretanto a Câmara ofereceu ao Grupo o Cancioneiro de Cinfães, obra do Prof. Virgílio Pereira, donde se tem aproveitado algumas das letras e músicas ali escritas exceto aquelas que, foram recolhidas e feitas pelo fundador do Grupo, o Sr. Augusto do Amaral, como é o caso do Malhão das Pias.
O grupo interpreta do Cancioneiro de Cinfães algumas cantas e cramóis.
As “cantas” eram cantigas características do “erguer da faina”. Findo o trabalho árduo dos campos, depois duma breve pausa, destinada a endireitar o tronco e a tomar fôlego, “botavam-se” as cantas.
São invariavelmente cantos largos e repousadas, não só porque encerravam os trabalhos do dia, mas também porque se destinavam a ecoar o mais longe possível, para o outro lado do Rio Douro, donde sempre vinha uma canta de resposta. É por isso, por se destinarem a chegar longe, que as cadências, mesmo as intermédias, têm longas suspensões (que se assinalam musicalmente com a chamada “fermata”).
Normalmente, eram cantadas por mulheres e raparigas, mas os homens e os rapazes também participavam muitas vezes.
Uma característica exclusiva da canta é o “falsete”, uma voz aguda que se sobrepõe a uma terceira e, por vezes, uma quinta à chamada “voz natural”, ou “voz principal”, isto é, à melodia propriamente dita.
As cantas são também conhecidas por “cantaréus” (mais a montante do rio) e por “cantarolas” (do outro lado do rio).
De feição semelhante são os “cramóis”, ainda recordados na Gralheira., com três vozes: a voz principal (melodia propriamente dita), a segunda voz (3.ª superior) e o falsete (5:º melodia). Resta saber se a 5.ª precedeu a 3.ª ou se foi a 3.ª que sugeriu a 5.ª como “segunda voz” da 3.ª. Em termos históricos e sucintos, a mistura do Gymel da Europa do Norte e do Organum da Europa do Centro e Sul está aí presente, com a sua carga de mil anos.
Das diversas Romarias no concelho de Cinfães, destacam-se S. João Baptista, N.º Senhora das Graças, Senhor dos Remédios, Senhor dos Enfermos, Senhor dos Desamparados, S. Cristóvão, Santa Luzia, entre outras.
Os campos de milho, de centeio e a vinha constituíam uma das riquezas da região Cinfanense. A sacha era trabalho duro de dias e dias ao sol ardente, amenizado por vezes por lindas canções.
Ao domingo para ir à Missa e de tarde para bailar no adro e terreiros vestem-se os melhores fatos: A mulher com saia de armur, leiras de seda ou chita enfeitada com fitas de veludo ou outras guarnições e blusa de aba.
A mulher usava um traje de trabalho normal, agasalhava-se coma a capucha e meias de lã. Calçava um socos ou socas para proteção.
O traje do pastor era de burel, surrobeco, completava-o uma pequena manta dobrada sobre um dos ombros e para sua melhor proteção. As polainas servem de caneleiras.
Era com estes trajos que em 1890 os noivos mais abastados iam à Igreja «receber-se», como então se dizia.
Traje usado para ir à missa ao Domingo e para ir à Romaria. A mulher veste saia de chita, brocado ou de riscado enfeitada com renda preta ou de brocado, blusa de cetim.
... O Joãozinho andava deslumbrado. Eletrizara-o rápido o simpatismo daquele entusiasmo. A sua alma virgem, inebriada, alteava-se ridente, como um balão cor-de-rosa no céu límpido e azul...
Das diversas Romarias no concelho de Cinfães, destacam-se S. João Baptista, N.º Senhora das Graças, Senhor dos Remédios, Senhor dos Enfermos, Senhor dos Desamparados, S. Cristóvão, Santa Luzia, entre outras.
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